17/04/2025 às 17h55Cronos: The New Dawn da Bloober Team tem seu primeiro trailer de gameplay
O novo relatório da PGB 2025 (Pesquisa Game Brasil) aponta que o hábito de consumo de jogos digitais no Brasil atingiu a marca de 82,8% da população. Este número representa um aumento de 8,9 pontos percentuais em comparação com o registrado em 2024 (73,9%).
A pesquisa leva em conta os variados jogos de azar digitais para chegar a este resultado. Segundo profissionais envolvidos na produção do relatório, o crescimento no consumo deste tipo de jogo foi relevante para o aumento do percentual geral. Por outro lado, outros fatores como consumo de jogos de computador e serviços de assinatura também são apontados como responsáveis.
Gráfico com hábitos de consumo de jogos digitais no Brasil – Imagem: Go Gamers/PGB 2025
Em live para detalhar insights do levantameno, Carlos Silva, CEO da Go Gamers — uma das empresas responsáveis pela PGB 2025 —, afirma que entende que a indústria de games mais tradicional é uma coisa e os jogos de azar são outra coisa diferente. Porém, vê que as semelhanças entre estes dois mundos devem ser levados em conta no mapeamento da pesquisa.
“Quando a gente percebe que estão influenciando e impactando este consumidor, que tem um discurso muito próximo deste entretenimento, isso chama nossa atenção e, por isso, é importante a gente mapear. Para que a gente entenda como este tipo de produto vai influenciar ou talvez trazer a atenção do público de games para estes tipos de jogos.
Fazendo um comparativo, se você coloca o Jogo do Tigrinho do lado do Candy Crush, a interface deles é muito parecida. A camada gamificada destes jogos de azar é muito parecida com diversos jogos de smartphone, por exemplo.
Gameplay de Candy Crush – Imagem: King
A gente, que está no mercado, entende muito bem esta diferença, entre o entretenimento da indústria de games e os jogos desta categoria. Mas o consumidor pode não ter essa percepção, e quando você faz este de discurso de ‘venha pra cá se divertir, você pode ganhar dinheiro’, isso cria outro tipo de engajamento”, disse Silva.
A PGB 2025 mostra que 38,2% dos entrevistados jogam jogos de azar, e estas mesmas pessoas também jogam outros tipos de games digitais mais tradicionais, predominantemente no celular. 39% jogam jogos de azar pelo menos uma vez por semana, sendo que 14,2% jogam quatro vezes ou mais semanalmente. 89% destes jogadores gastam dinheiro com jogos de azar; 34% gastam entre R$51 e R$200 e 8% gastam mais de R$500 por mês.
Entre as principais motivações, 43,9% jogam para ganhar dinheiro e 24,7% veem como investimento para melhorar a renda; 30,4% buscam a emoção da vitória e 29% usam o jogo como forma de relaxamento.
Dados de consumo dos jogos de azar no Brasil – Imagem: Go Gamers/PGB 2025
Também na live de detalhamento de insights, Mauro Berimbau, professor universitário, pesquisador e consultor da PGB 2025, também reforçou a importância deste tipo de mapeamento. Segundo ele, os jogadores não vão trocar o GTA 6 pelo Jogo do Tigrinho, mas de alguma forma os jogos de azar também estão fazendo parte do dia a dia dos jogadores.
“Qual é a fronteira que separa eu comprar uma caixinha de skins do Counter Strike e colocar uma grana apostando no Jogo do tigrinho ou apostar no meu time favorito de e-Sports? É um território que tem a ver com o jogo, tem a ver com jogar, às vezes envolve dinheiro real ou não. No fim das contas, o consumidor está buscando entretenimento. Então, do ponto de vista de consumo do entretenimento, isso circula no mesmo espaço, então não pode ser ignorado”, destacou Berimbau.
Para mais informações sobre a PGB 2025 e o mundo dos jogos, acompanhe o ND Games.
